Eu, um sujeito simpático dissimulado (confesso) bonito (bem... minha mãe sempre me disse isto...) e... bem humorado (meio sarcástico, pra dizer a verdade...) Defeitos? Um monte... Sou capaz de fazer piada de mim mesmo... Qualidades? Um monte... (ao quadrado) A principal: Eu me amo (ou porque você acha que dei este nome ao blog?) Objetivo deste blog... Trocar idéias sobre os mais diferentes e inusitados temas, passando por literatura, mídia, informática, comportamento, ... e por aí vai...

Monday, May 15, 2006

Tá na net... (Barrados no tempo)

Garotas que dizem ni
(www.garotasquedizemni.com)

Barrados no tempo

Brenda era uma garota bem caipira e comum. Ao mudar-se com a família para uma cidade badalada, decidiu não ser mais uma qualquer e, junto com o irmão gêmeo Brandon, tornou-se afinal popular. Na ferveção de Beverly Hills, ela provou o gostinho das vitórias e derrotas de uma vida glamourosa e abastada. Alguém pode me explicar por que esse enredo idiota capturou a atenção de milhares de adolescentes? Inclusive a minha??

“Barrados no Baile” estreou por aqui, assim como nos Estados Unidos, em 1990. A série explodiu em audiência mesmo com esse nome estúpido – convenhamos, os gêmeos de Minessota não foram “barrados” em lugar nenhum, foram “pop” desde o primeiro dia. E olha que passava aos sábados, hora em que todo jovenzinho comum deveria estar perambulando pela rua. O pior foi esse truque safado de marquetingue televisivo ter enganado até a mim! Maldito Aaron Speeling.

Foi esse senhor de olhos esbugalhados quem inventou o draminha classe média alta de Brenda e Brandon. Foi ele, aliás, quem inventou mais da metade dos draminhas açucarados da tv americana, como “As Panteras”, “Melrose Place”, etc. Seo Speeling, dizem, sabe tudo de adolescentes bocós. Por isso ele criou aquela turma com tanta habilidade.

Brenda (Shannen Doherty, a maior mala do entretenimento yankee) e Brandon (o príncipe do mesmo setor) chegaram ao bairro mais classudo de Los Angeles e logo fizeram amigos. A nojentinha-bacana Kelly, o boçal Steve, a problemática Donna, o pentelho David, a nerd Andréa, o bad boy Dylan. Todos usando calças na altura do peito e cabelos armados com laquê. Vendo imagens hoje, é possível sacar que os anos 80 foram mega-cafonas, mas os 90 não ficaram atrás.

Como apenas o dia-a-dia dos riquinhos não seria suficiente para prender nossa atenção (notem que me incluo pra valer... assisti essa tralha por uns bons anos), os produtores adicionaram pimenta ao enredo episódio a episódio. Num dia, eles mexiam com “tóchico”. No outro, ficavam na dúvida entre transar ou não transar. Depois, o problema era os pais que não conversavam. Teve crise de toda sorte, de suicídio em plena festa de aniversário a consumo excessivo de xarope.

Sempre achei aquilo tudo bastante exagerado. Poxa: naquela época, o grande problema na minha mente era achar uma carona para a balada do próximo fim de semana. Ou, em extremo desespero, saber se o gatinho da classe vizinha queria ou não me beijar. Drogas, sexo, carros em alta velocidade, parentes metidos com a lei? Uau, os americanos eram trash mesmo aos 15 anos...

Com o passar o tempo, Brenda picou a mula e foi estudar em Londres. Na verdade, Shannen D. arrumou confusão nos bastidores e “subiram com a Brenda no tellhado”. Outras personagens entraram, como a maléfica Valerie, e saíram, como Andréa – que era velha demais para aquela lenga-lenga toda e foi despachada para longe com a filha que ela teve com um moço latino.

A série perdeu força com a separação dos supergêmeos. Kelly pulou de cama em cama até se encontrar nos braços de Brandon. Já Donna levou uns 7.500 capítulos até, digamos, “liberar” para alguém. Steve achou a garota certa, teve bebê com ela. Então todos ficaram responsáveis e densos demais para os adolescentes de outrora. Perdeu graça. Eles já não brigavam por causa de roupas e namorados. As meninas ficaram elegantes, os caras ficaram quase carecas – se bem que, pra mim, o Dylan sempre precisou de um implante mesmo.

A série acabou em 2000 e as últimas seis temporadas são um mistério para mim. Mas as quatro primeiras... Sei cada preocupação que a Brenda passou, cada rojão que o Brandon segurou (ela era a desnorteada, ele era o certinho, lembram?). Eram problemas meio ridículos, meio sérios, mas nunca antes mencionados num programa para moleques na televisão.

Hoje, a garotada é muito mais sabida, e discutir aquelas crises inventadas pelo “Barrados no Baile” daria traço de audiência. Mas eu nem tenho vergonha de confessar: ainda hoje, quando chego cedo em casa, toco assistir reprise de “Barrados” no canal Sony. Parece praga, mas não consigo trocar o canal, porque ver aquilo lembra muito uma fase da vida. O enredo era idiota, mas muito poderoso para aqueles tempos.


Olhando assim, nem parece que eram tão problemáticos...

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

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»

11:58 PM

 
Blogger Unknown said...

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10:31 AM

 

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